terça-feira, setembro 13, 2005

APLAUSOS AO ARTIGO DE JORGE LEITÃO RAMOS

publicado no Expresso on line e que mostra que a memória do cinema, em Portugal, não tem aproveitado as potencialidades do DVD com deveria:

“A excepção é João César Monteiro a quem a morte trouxe o direito de uma «integral» em DVD, brilhante monumento num deserto um pouco descorçoante. E não se julgue que são apenas razões de comércio que explicam este vazio. Até filmes de sucesso - exemplar é o caso de «Kilas, o Mau da Fita» de Fonseca e Costa - permanecem esquecidos.


O que se passa é que há uma espécie de doença endémica aos agentes no mercado que parecem estar à espera que os subsídios do Estado cubram todos os riscos do negócio, no que respeita ao cinema português. O que se passa é que há conflitos de direitos de autor enrolados nas tristes querelas que atravessam o pequeno meio da nossa cinematografia que bloqueiam iniciativas. E também, é bem verdade, muita falta de amor pelo cinema que cá se faz. Faltam os amantes verdadeiros, sobram os que apenas querem mamar da sua teta.”